Dijon. Pesquisas porta a porta após dois casos de chikungunya: "Precisamos quebrar as cadeias de transmissão"

"É absolutamente necessário romper as cadeias de transmissão da chikungunya e evitar que surtos se espalhem por toda parte", disse Bertrand Daniel, da unidade territorial de saúde e meio ambiente da Côte-d'Or, da Agência Regional de Saúde de Bourgogne-Franche-Comté (ARS BFC). Na quarta-feira, 13 de agosto, juntamente com Élise Mathieu, estagiária de farmácia hospitalar em estágio na ARS, os dois agentes estavam entre as seis duplas que, das 11h às 19h, pelo segundo dia consecutivo, foram de porta em porta no bairro de Maladière, em Dijon.

De fato, foi nesta área da capital da Borgonha que, nos últimos dias, dois casos autóctones de chikungunya foram confirmados: o primeiro na sexta-feira, 8 de agosto , e o segundo na segunda-feira, 11 de agosto. Para evitar a propagação da doença, uma operação de controle do mosquito ocorreu durante a noite de segunda para terça-feira. Em seguida, durante terça e quarta-feira, foram realizadas vistorias porta a porta com agentes da ARS, da Saúde Pública Francesa e da Prefeitura de Dijon.

"O objetivo das campanhas porta a porta é complementar ao controle do mosquito, para prevenir novos casos de chikungunya", afirmam Marie Vasseur, médica de saúde pública da ARS, e Graziella Midelet, chefe da unidade territorial de saúde e meio ambiente da Côte-d'Or, na ARS. Isso é feito "lembrando as pessoas das medidas preventivas ( leia em outro lugar )", "determinando se as pessoas apresentam sintomas", dando passos práticos "para agir adequadamente", etc. "Se considerarmos o período desde ^1º de julho para tentar identificar todos os casos do surto, podemos imaginar que ainda haverá casos ocorrendo nas próximas semanas", explica Marie Vasseur. "Portanto, quando você apresentar os sinais (principalmente febre, dores nas articulações e possivelmente dores de cabeça), você realmente precisa consultar seu médico e fazer um exame laboratorial para verificar se você tem chikungunya ou não." É com o conhecimento de todos os casos que podemos realmente adaptar as medidas para tentar interromper a transmissão."

Entre as pessoas visitadas em casa nesta quarta-feira pelos agentes especializados, Adeline, uma mãe do distrito de Maladière, considerou a operação porta a porta "muito boa". "Muitas pessoas não estão, ou estão mal informadas", disse ela. "Admito que não imaginava que a chikungunya pudesse chegar à nossa casa... Estou bem, sei como me proteger e proteger meus filhos. Mas para quem não sabe, a campanha porta a porta é útil." (1)

Moradores, que encontramos casualmente no bairro, também compartilharam seus sentimentos. "Acho que as autoridades poderiam instalar armadilhas para mosquitos", disse Philippe. "Não temos nenhuma. Embora a abordagem porta a porta seja boa, acho que faltou prevenção antes." Laëtitia disse estar "preocupada desde maio, porque os mosquitos já estavam lá..." "Hoje, com tantos agentes da ARS mobilizados no bairro, não acho que sejam apenas dois casos..." Outro morador não escondeu seu espanto com esses casos. "É alarmante ter casos aqui", disse ele. "Apesar de tudo, estou um pouco tranquilo com a presença das autoridades."

(1) Quando os moradores visitados não estavam presentes, vários documentos explicativos eram distribuídos nas caixas de correio.